Testemunho: Vocação Matrimonial

A vocação é o chamado de Deus para nós. A vocação para a vida cristã, por exemplo, é um chamado de amor e para amar, um chamado de serviço, um chamado a ser luz para o mundo. Hoje vamos falar um pouco sobre a vocação matrimonial.

Na vocação matrimonial, o homem e a mulher são chamados a se unir e iniciarem uma família onde irão acolher e educar os filhos que Deus lhes confiar: “Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher; e os dois formarão uma só carne” (Gên. 2,24).

O amor é a essência de toda vocação, é de onde vem o sabor da vocação. Santa Terezinha do Menino Jesus disse ter encontrado sua vocação quando encontrou o amor. Ela disse: “Ó Jesus, meu amor, minha vocação, encontrei-a afinal: minha vocação é o amor!” (texto retirado do livro: História de uma alma).

Não há vocação sem amor! Se não for assim, a vocação esfria e pode gerar uma grande frustração e falta de sentido de vida.

Como eu descobri minha vocação?

Sempre tive um desejo muito forte de constituir uma família, de me casar, de ter um lar, de me dedicar ao meu marido e aos meus filhos (meu sonho era de ter vários filhos). Esse sonho nunca mudou. Lembro-me bem que ao acompanhar os programas da TV Canção Nova na época, o que me chamava a atenção eram as famílias missionárias. Via as famílias e ficava pensando como seria a minha um dia.

Na adolescência, em minhas orações, pedia a Deus um marido que fosse “da igreja” e que vivesse esse sonho comigo, que compartilhasse dos mesmos ideais; dentre as coisas que eu não abria mão, era que fosse católico, que tivesse a mesma fé que a minha.

Porém, as coisas foram mudando. Na faculdade, me afastei de Deus e busquei apenas diversão e relacionamentos superficiais, sentindo um vazio que não percebia que apenas Deus poderia preencher.

Isso foi um período muito ruim da minha vida, pois tempos depois me afundei em um namoro que me machucou demais, trouxe muitas feridas e aumentou ainda mais minha carência a ponto de coisas ruins acontecerem como não receber afeto, ser traída declaradamente e não conseguir sair desse relacionamento, via-me presa emocionalmente.

Mas Deus não desistiu de mim!

Eu vivia em um relacionamento tóxico, mas o Amor Poderoso de Deus me ajudou a rompê-lo. Reconhecendo minha fragilidade, busquei a Deus na Igreja para superar a situação com Sua graça.

E como na parábola do filho pródigo, o Pai não me perguntou nem por onde andei, mas me acolheu em Seu amor e misericórdia. 

Voltei a participar da missa, grupo de oração e ter novamente o antigo desejo da adolescência: o de encontrar um rapaz que professasse a mesma fé que a minha. Após alguns meses de retorno, eu encontrei o rapaz que futuramente seria meu marido.

Em um retiro da Renovação Carismática da paróquia, eu o encontrei. Já o conhecia, porém, naquele retiro tive um olhar diferente para ele. Ele me chamou a atenção de uma forma diferente.

E então começamos a namorar, nos casamos, formamos uma família e buscamos a Deus juntos. O Senhor ouviu o desejo do meu coração e O louvo por isso, pois sou muito feliz com meu estado de vida, com a vocação matrimonial!

Hoje posso dizer que vivo com alegria a minha vocação no matrimônio com doação ao meu marido e aos filhos, cuidando com amor e dedicação deles; junto com o marido levando os filhos ao caminho de Deus. E posso afirmar que o Amor Poderoso de Deus cuidou de mim e dos meus sonhos e venceu em minha vida!

Taciane Oliveira Fardin
Postulante da Comunidade Católica Pantokrator