Tais especificidades estão em geral relacionadas à própria origem da Ordem do Carmelo e aos grandes santos que a inspiraram, notadamente Santo Elias e os gloriosos santos carmelitas descalços, em especial a reformadora do Carmelo, Santa Teresa de Jesus, o Doutor Místico, São João da Cruz, e a Padroeira das Missões, Santa Teresinha do Menino Jesus, não se podendo deixar de citar a Santa Elisabete da Trindade.
eminentemente místico e notavelmente sóbrio – cujo cerne se encontra na oração e na contemplação. São diversas as marcas da espiritualidade carmelita: a centralidade da oração, a quietude, o recolhimento, o silêncio, a solidão.
O apostolado surge como decorrência da vida contemplativa. Os santos carmelitas nos ensinam ainda a importância do autoconhecimento e da humildade, do desapego e pobreza, do amor fraterno, da mortificação e da renúncia.
A infância espiritual – ou pequena via – se destaca entre suas peculiaridades. A espiritualidade Mariana, por meio de Nossa Senhora do Carmo – A Deus, por Cristo, com Maria – também é marca da vida carmelita que lhe dá as características do acolhimento, da disponibilidade ao sacrifício e da docilidade à vontade de Deus.
Em todas as situações, estamos sob Seu Terno Olhar. Maria, assim, revela que somos “a pupila” de Seus olhos, seus filhinhos queridos… Também a nós ela diz as mesmas palavras que consolaram o coração de Juan Diego. Ouça e acolha porque, agora, elas são para você: “Acaso não estou aqui, eu, que sou tua mãe? Não estás sob minha sombra e proteção? (…) Não estás na dobra do meu manto, justamente onde cruzo os meus braços? Que mais te falta? Que nada te angustie e te cause amarguras…”
Guadalupe é a Senhora do pequenino Juan Diego e é nossa senhora também, a fim de nos ensinar, de modo especial, o que é o amor surpreendente, simples, verdadeiro, desinteressado, acolhedor, terno, delicado, mas ao mesmo tempo forte, corajoso e confiante. Se o nosso coração se abrir a seu amor, ela fará em nós, do Seu NADA, o nosso nada. E o seu Tudo, o Deus El Shaddai, por seu intermédio, será o nosso TUDO também.
Sim, Mãezinha querida, guarda e protege, com Teu Doce e Meigo Olhar, a estes que são Teus. Amém.
Conhecida como a santa das rosas por causa da promessa que ela fez antes de morrer – “do céu farei cair sobre a terra uma chuva de rosas” – desde menina, sentiu-se chamada à santidade.
Do silêncio do Carmelo de Lisieux, revolucionou o pensamento teológico e espiritual da Igreja, um gênio da espiritualidade. Seu tempo na terra não durou mais do que 24 anos. Nasceu em 02 de janeiro de 1873, em Alençon, França, filha de Luis Martin e Zélie Guerin – beatificados pelo Papa João Paulo II.
Desde a tenra idade, nutria um grande amor pela Eucaristia. Dizia que gostava de ficar “pensando em Deus”… estava rezando e não o sabia… Logo teve o desejo de ingressar na vida religiosa, ou seja, de se dedicar inteiramente a Deus. Consegue do Papa a autorização para ingressar no Carmelo antes de ter atingido a idade mínima exigida. Lá conheceu o Amor misericordioso de Deus, a quem se oferece diuturnamente de tal modo que sua vida se transforma num ato perfeito de amor a Deus com o desejo de fazer Jesus conhecido e amado. A partir de então, o amor fraterno vivido dentro do Carmelo e o zelo apostólico de Teresa se tornam cada dia maiores.
Teresa de Almada e Sepeda, nascida em família abastada e católica, em Ávila, Espanha, em 1515, tendo ouvido a leitura dos santos, decidiu-se ir à terra dos mouros para ser decapitada por amor a Cristo, quando ainda era criança. Seu espírito forte e decidido a transformaria na santa da determinação determinada.
Fugiu da casa do pai com 20 anos para entrar no Carmelo da Encarnação.
Passados vários anos de vida no convento, Teresa de Jesus foi sentindo um grande incômodo pelo modo como se vivia no Carmelo: frouxidão e tibieza na vivência da Regra de Vida, preguiça na oração, vida mundana dentro do convento!!!
O seu desejo de uma vida de maior oração e perfeição no seguimento de Cristo fidelidade à Regra de Vida levou-a a iniciar um novo estilo de vida Carmelita… começava a grande reforma no Carmelo: as Monjas Descalças e, depois, também, os padres.
Realizou inúmeras fundações, inclusive no Carmelo masculino, com o auxílio de S. João da Cruz. Dotada de grande personalidade, intrigava aqueles que a conheciam, pela sua tenacidade, pelo gosto pela vida.
Santa Teresa de Jesus, grande mestra de espiritualidade, ensina-nos o equilíbrio na vida interior, na vivência da penitência.
Assim definia oração: “A oração não é mais que um íntimo relacionamento de amizade a sós com aquele de quem sabemos ser amados”.
Nasceu em Fontiveros, Espanha, em 1542. Vindo de uma infância pobre, mesmo sendo de família nobre, João fez-se carmelita no ano de 1563. Logo percebendo o arrefecimento na vivência evangélica dentro do convento, ele que esperava com ânsias de amor pela radicalidade de viver com e como o Cristo, decepcionou-se, tendo se decidido sair da Ordem e ingressar na Cartuxa. Mas, um encontro seu com Madre Teresa de Jesus fê-lo mudar de idéia: ela o havia convencido de que não precisava sair do Carmelo para viver a radicalidade, devido à proposta de reforma. Ele, então, respondeu a ela: “eu aceito, desde que seja para começar agora”.
O coração do místico é sempre ansioso de amor. Frei João da Cruz auxiliou Teresa de Jesus em sua obra reformadora do Carmelo desde o seu início, com a fundação dos primeiros frades contemplativos reformados, em 1568.
Sua doutrina teólogo e místico foi uma interpretação viva do Evangelho. Por isso, a Palavra de Deus ilumina a sua experiência e seus ensinamentos têm alcances inimagináveis na meditação dessa Palavra.
São João da Cruz traça um itinerário da vida espiritual denominado subida do Monte Carmelo. No alto do Monte Carmelo está a perfeição, lá está somente a glória de Deus e o caminho da vida espiritual deve ser a subida desse Monte. Para subir ao Monte, diz o místico, há três caminhos que são oferecidos à alma: o caminho dos bens materiais; o caminho dos bens espirituais e o caminho do nada. O primeiro nos afasta de Deus pelas suas seduções e nos faz desviar do monte; o segundo, mais perigoso, leva a alma a se orgulhar nas consolações e visões, igualmente afastando-a do Monte. O terceiro caminho é o bom caminho: o nada.
Este santo nasceu no Castelo de Sales em 1567. Sua mãe, uma condessa, buscou formá-lo muito bem com os padres da Companhia de Jesus, onde, dentre muitas disciplinas, também aprendeu várias línguas. Muito cedo, fez um voto de viver a castidade e buscar sempre a vontade do Senhor. Ao longo da história desse santo muito amado, vamos percebendo o quanto ele buscou e o quanto encontrou o que Deus queria.
Anos mais tarde, São Francisco escreveu “Introdução à vida devota” e, vivendo do amor de Deus, escreveu também o “Tratado do amor de Deus”.
Certa ocasião, atacado pela tentação de desconfiar da misericórdia do Senhor, ele buscou a resposta dessa dúvida com o auxílio de Nossa Senhora e, assim, a desconfiança foi dissipada. Estudou Direito em Pádua, mas, contrariando familiares, quis ser padre. E foi um sacerdote que buscou a santidade não só para si, mas também para os outros.
No seu itinerário de pregações, de zelo apostólico e de evangelização, semeando a unidade e espalhando, com a ajuda da imprensa, a sã doutrina cristã, foi escolhido por Deus para o serviço do episcopado em Genebra. Primeiro, como coadjutor, depois, sendo o titular. Um apóstolo do amor e da misericórdia. Um homem que conseguiu expressar, com o seu amor e a sua vida, a mansidão do Senhor.
Elisabete nasceu em 1880, na França. Sempre transmitiu a todos os que a circundavam alegria, espontaneidade, jovialidade, vivacidade. Jovem aberta à beleza da natureza, à amizade e à música.
Em 1894, sente o apelo interior para o Carmelo e sua paixão por Deus na pequena cela do seu coração só foi aumentando.
Em viagem, em grupo, em casa ou ao piano, vivia no mais profundo de si mesma.
Ainda muito jovem, fez experiência do sentido místico da presença de Deus e a habitação trinitária a conduz a um projeto de vida… “Encontrei o meu céu na terra porque o céu é Deus e Deus está na minha alma. No dia em que entendi tudo isso, tudo se iluminou em mim e gostaria de revelar este segredo àqueles que amo, para que, através de todas as coisas, também eles se unam mais a Deus.”
Sua vida de oração como colóquio com Deus é fundamentalmente teresiana.
Sua espiritualidade de interiorização tem dimensões bem concretas: seu silêncio interior conduz à unidade do ser espiritual, leva à solidão e à vida de oração.
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