Início de ano… Ainda é tempo de fazer planos… São tantas as áreas da vida nas quais queremos progredir, melhorar, investir… Desejamos o melhor, sempre! E isto é bom demais! Queremos trazer a você, querido leitor, uma sugestão para incluir nas estratégias deste novo tempo: traçar metas de santidade!!!
POR QUE INVESTIR NA SANTIDADE?
Vemos por aí tanta gente investindo em lucro, conhecimentos, estética, saúde, na realização de sonhos pessoais… Como dissemos acima: isto é importante. O fato é que muitas destas conquistas que perseguimos valem SOMENTE para esta vida!
Quero deixar claro que os investimentos DESTA vida (DESDE QUE não os tenhamos como FIM em SI MESMOS) podem ser MEIOS para alcançarmos a Santidade. Mas tudo depende da FORMA com que os buscamos e desfrutamos. Temos que tomar cuidado para que estas buscas não sejam como os “celeiros” (citados por Jesus em Lc 12, 16-21).
“Deus, porém, lhe disse: Insensato! Nesta noite ainda exigirão de ti a tua alma. E as coisas que ajuntaste de quem serão? Assim acontece ao homem que entesoura para si mesmo e não é rico para Deus”. (Lc 12, 20-21).
Ser “rico para Deus” significa apostar nos bens eternos! Investir na santidade significa “buscar o que não passa”, portanto, realizar o ÚNICO empenho que REALMENTE vale a pena!
Podemos sim cultivar o que é bom para esta vida, desde que isto NÃO ATRAPALHE a meta principal, mas COLABORE com a nossa SALVAÇÃO.
Quando “juntamos tesouros” PARA NÓS MESMOS, nos tornamos egoístas (portanto insensatos aos Olhos de Deus). Mas quando “multiplicamos nossos talentos” (sejam eles materiais, seja o nosso empenho, dons…) PARA SERVIÇO do REINO, “viramos a chave” e, de “insensatos”, passamos a ser “ricos” para Deus.
Assim como tudo na vida, para alcançarmos a meta da Santidade precisamos de planos que nos guiem e nos ajudem a “não nos perder pelo caminho”.
E VAMOS À ESTRATÉGIA…
O Primeiro Passo é olhar para nós mesmos: analisar as dificuldades e os potenciais… A que devemos “aderir” e de que devemos “abrir mão”. Ao deparar-se com seu temperamento, não se assuste! As questões mais “cabeludas” de nosso temperamento podem justamente contribuir com a nossa santificação!
Tenhamos como guia a Palavra de Deus e todos os Seus ensinamentos transmitidos pela Santa Igreja. Tomar cuidado, porque o mundo está cheio de falsos ensinamentos, que relativizam a Verdade e podem nos confundir na busca do que é Eterno. Por exemplo: há muitos discursos por aí que mostram verdadeiros pecados como se fossem comportamentos que nos fizessem bem. Se não soubermos “filtrar” as informações, isto pode “atrapalhar” a nossa Salvação! Porque, já aqui no primeiro passo, deixamos de identificar algo que deveríamos “abolir” da nossa vida! O mesmo vale com relação às “adesões”: muitos discursos pregam a Oração como uma “perda de tempo”, sendo que ela é essencial para a Santidade! Disse Jesus: “Uma só coisa é necessária; Maria escolheu a boa parte (estar na companhia de Cristo), que não lhe será tirada”. (Lc 10, 42)
O Segundo Passo é olhar para o contexto no qual estamos inseridos: quais são as oportunidades que podem nos “elevar” para Deus (exemplo: oportunidades de Caridade), e o que representam as “pedras de tropeço”, para evitarmos “passar por ali”. Dentre as oportunidades também pode se encaixar a evangelização daqueles com quem convivemos. A maior Caridade que se faz por alguém é salvar a alma desta pessoa!!!
O Terceiro Passo é traçar metas a partir daquilo que identificamos em nós mesmos e ao nosso redor enquanto potenciais e enquanto “ameaças”. Tudo isto será o ponto de partida para o nosso crescimento em santidade.
Quais os passos que serão necessários para cumprir estes objetivos? Eles estão “realmente dentro” dos passos que podemos dar neste momento? Por exemplo: Você tem o desejo de participar da Santa Missa diariamente. Atualmente só vai aos Domingos. Cada pessoa tem um “funcionamento”, mas a maioria precisa “aderir aos poucos” às boas práticas. Se você conseguir, logo “de cara”, aderir a uma participação diária, ótimo!!! Mas saiba dosar o seu nível de autocobrança, para não desistir no meio do caminho!
Para este passo (de traçar metas), é fundamental que cada um conheça seu próprio “funcionamento” na relação com os objetivos traçados, tendo como base outras metas que já tenha buscado em sua vida.
Exemplo: olhando nosso passado, podemos identificar: a falta de perseverança, o excesso de “permissividade”, relativizando a importância de cumprir as metas fielmente, mas podemos também identificar acertos. “Ter posse” de nosso “funcionamento” nos ajuda a ordenar as medidas de auto exigências e respectivas estratégias.
O Quarto Passo é colocar estes planos em prática, no dia a dia. Uma ideia é que toda noite façamos um exame de consciência, uma autoavaliação de como temos vivido, e se temos cumprido os planos propostos. Estes podem ser repensados.
Graças ao nosso Bom Deus, podemos recorrer aos auxílios de nossa Igreja! Quando caímos no pecado, temos a Confissão, que nos “coloca em pé” novamente e nos devolve o espírito decidido! Temos a Eucaristia que nos sustenta (pela Adoração e pela Santa Missa). Para que nos fortaleçamos em nossa vontade, existe o jejum. Temos uma Mãe que nunca nos abandona (a Virgem Santíssima), a quem podemos recorrer com amizade e com a poderosa Oração do Terço.
CONCLUSÃO
Tenhamos em vista que ser santo significa ser de tal forma amigo de Deus, que, pela natureza desta afeição, desejamos o que Lhe agrada e criamos horror ao que Lhe desagrada! Portanto, uma dica de caminho a ser traçado é a Intimidade com Deus! E nessa intimidade, verás que serás mais feliz! Porque Deus é Pleno e Feliz em si mesmo. Afeiçoar-se a Deus é ser pleno da Graça que Ele nos oferece! Mesmo que nesta vida surjam muitos problemas (aliás a vida do cristão carrega um especial combate), eles não serão capazes de “roubar” este Bem maior, que é a Presença de Deus em nossos corações! “Bora” fazer planos de Santidade?
Luiza Torres
Discípula da Comunidade Católica Pantokrator