Perdi minha mãe, mas encontrei minha salvação!

Meu nome é Rodrigo, tenho 31 anos e comecei a usar drogas e álcool aos 14 anos de idade. Tive meu primeiro contato com drogas no meu primeiro emprego. Comecei fumando maconha e, depois de uma semana, experimentei cocaína. Com o tempo, essa experiência começou a virar uma rotina, pois fumava cigarro e maconha todos os dias, bebia e usava cocaína todo final de semana. Depois de cinco anos, comecei a usar cocaína e maconha todos os dias.
Gastava todo o meu pagamento com drogas, álcool e prostituição. Quando via que não tinha mais dinheiro, acabava realizando alguns furtos para manter o meu vício. Minha família sempre soube do meu vício e insistia muito para que eu parasse, mas via que o vício tinha me tomado de uma maneira que não conseguiria deixar amizades, lugares e o prazer que sentia com a droga.

Rodrigo Silva no Programa PHN na TV Canção Nova

Minha mãe trabalhava na casa de um dos membros da Comunidade Pantokrator e, em 1995, de tanto ela insistir, participei do meu primeiro retiro com eles. Fui com um amigo. Levamos três papelotes de cocaína para usarmos durante o retiro. Cada um tinha o seu quarto na casa de retiros, mas consegui que o meu amigo ficasse no mesmo quarto que eu para usarmos droga durante a noite, mas mal sabíamos que Deus estava lutando por nós. A grande surpresa foi que no momento que abrimos os três papelotes de cocaína, o pó não existia mais e tudo tinha se transformado num líquido, como se fosse água. No meu desespero pela droga, acabei brigando com o meu amigo, pois se eu tivesse guardado a droga aquilo não teria acontecido. Meu impulso foi de querer pular a janela para ir até uma favela próxima para comprar cocaína. Quando coloquei a cabeça para fora da janela, vi que tinham dois cachorros grandes debaixo dela que ameaçavam me pegar. Eles ficaram lá a noite toda e não consegui sair… Fui a quatro retiros, e ,sempre que acabava, eu voltava feliz, em paz, mas não conseguia ficar mais de uma semana sem usar drogas ou beber.

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Em 1999, comecei a me envolver com tráfico de drogas. Vendia maconha, cocaína e craque e tudo o que eu ganhava gastava com drogas e com prostituição. Apesar de estar dentro desse mundo de prazer e curtição, não me sentia feliz e não havia uma noite que eu não ficasse chorando no meu quarto e pedindo para que Deus me tirasse dessa vida. Digo com muita propriedade que não existe ninguém que esteja nessa vida e que esteja feliz! No fundo existe um vazio muito grande e um grande desejo de parar de usar drogas, pois apesar do prazer que sentimos, ela vai destruindo a vida de modo muito rápido.


Em 2005, comecei a usar craque porque eu sentia que a cocaína não fazia mais muito efeito e tinha vontade de experimentar algo novo. Quando comecei a usar craque a conseqüência foi parar de trabalhar, dormir o dia todo para ficar a noite vendendo droga para que em troca tivesse mais para consumir.
Em 2008, minha mãe começou a ficar doente, mas os médicos não sabiam dizer o que ela tinha, até que foi descoberto que estava com câncer. Minha mãe era alguém que me amava muito e ela nunca desistiu de mim, sempre pedia para que parasse de usar drogas. Sentia que eu iria perdê-la e a partir disso comecei a me revoltar e dizia para mim mesmo: “Já que Deus vai levar a minha mãe, agora que vou acabar com a minha vida.” E buscava isso mesmo, tanto que um dia usei muita droga para que eu tivesse uma overdose e morresse.
Esse foi o último dia que usei drogas e álcool. Um amigo me ligou para que eu fosse à Missa com ele, mas eu não queria, pois estava drogado. Passaram cinco minutos e ele estava lá em casa para me buscar. Ele entrou no quarto e eu estava com a Bíblia aberta junto do meu rosto em função de todo o desespero que eu estava vivendo com a situação da minha mãe e em ver o estado em que eu me encontrava. Fui à Missa e, a partir desse dia, me comprometi a não usar mais drogas, pois sabia que minha mãe iria morrer e queria dar essa alegria para ela. Depois de quinze dias, ela estava no hospital e tive a oportunidade de dizer para ela que nunca mais eu iria usar drogas; ela chorou e me disse: “Deus ouviu as minhas orações”. Seis dias depois, ela faleceu.
Tinha todos os motivos para que a minha vida piorasse e eu voltasse a usar drogas, pois tinha perdido alguém que eu mais amava. Estava no velório quando conheci alguns membros da Comunidade Pantokrator. Conversando com o Nilton, comecei a sentir um grande desespero por ver que não estaria mais com a minha mãe; foi quando ele me abraçou e começou a rezar por mim. Naquele momento, sentia como se alguém tivesse arrancado o meu coração e, no lugar, colocado muito paz. Ele me perguntou se eu queria mudar de vida e respondi que sim. Ele disse que me levaria para um retiro (o “Raio X”) que aconteceria uma semana depois. Na data do retiro eu tinha uma viagem marcada com meus amigos, mas não tinha dúvidas que tinha que desmarcar para ir ao retiro. Fui para o “Raio X” e ali experimentei tudo o que eu precisava. Sentia que Deus estava mudando a minha vida com o Seu Amor e vi que aquele retiro estava sendo o início da minha salvação.
A partir disso, comecei a frequentar a Comunidade, fazer novos e verdadeiros amigos. Conheci uma alegria que nunca tinha experimentado antes e isso resgatava toda a minha juventude que eu tinha perdido. Participei de vários retiros e participo até hoje do Grupo de Oração.

Grupo Sempre Fiel ( Dependentes Químicos ) Todas às 2ª feiras 20h

Comecei também a participar do Grupo Sempre Fiel todas as terças-feiras; ele tem sido um grande sustento para a cura da minha dependência. No Grupo Sempre Fiel não aprendo somente a buscar uma vida de abstinência de drogas e álcool, mas aprendo uma vida de fidelidade a Deus, novos valores como a castidade e que não existe sobriedade sem santidade de vida, que é o que mais quero. Foi através dele também que parei de fumar cigarro. Aos poucos, tenho trazido amigos que também são dependentes para participarem do Grupo Sempre Fiel e a encontrarem um novo e verdadeiro sentido para as suas vidas, a encontrarem uma vida de sobriedade.
Hoje, sou engajado nessa Comunidade, que foi a grande luz quando eu estava nas trevas. Sinto muita saudade da minha mãe, mas quando vejo que Deus a levou para que eu encontrasse a minha salvação, meu coração se enche de alegria e posso dizer que sou uma pessoa muito feliz. Não troco o que experimento com Deus por nada do que já experimentei nas drogas até hoje. Deus não é um efeito na minha vida como as drogas foram; Ele é a minha salvação.
Quero terminar esse testemunho com o trecho de uma música: “Aquilo que parecia impossível / aquilo que parecia não ter saída / aquilo que parecia ser minha morte, mas Jesus mudou minha sorte / sou um milagre, estou aqui! / Usa-me sou o teu milagre / Usa-me, eu quero te servir!” (1)
(1) Trecho da música “Sou um milagre” da Banda Louvor e Glória.

Rodrigo Luis Silva
Engajado  na Comunidade Pantokrator 

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Resposta de 0

  1. Gosto muito de estar por dentro do que passa na Comunidade Pantokrator!Que bom se todos os jovens tivessem acesso a esse material Evangelizador, libertador!Parabéns !!!!!!!

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