Memória de Santa Elisabete da Trindade

Embora esteja presente em todas as criaturas por sua imensidade, Deus se faz presente, de modo particular, na alma daqueles que estão em graça e, portanto, adornados com a virtude da caridade. Isso significa que, conquanto o homem tenha a Deus sempre presente, já que o Senhor dá continuamente a todas as coisas o ser pelo qual elas são, nem todos o têm presente como Pai e Amigo.

Leia também: Santa Teresinha do Menino Jesus

Pelo pecado, é verdade, não deixamos de estar submetidos ao seu poder divino nem nos furtamos à sua onisciente visão, mas é só pela infusão da graça santificante, em virtude da qual nos tornamos filhos adotivos de Deus, que passamos a tê-lo em nosso coração como Pai muito amado e Amigo dileto. Por isso, quando temos a dita de estar em graça, a presença de Deus em nós se torna mais íntima, pois ele vem habitar em nosso interior como uno e trino, segundo a promessa do Salvador: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra e meu Pai o amará, e nós viremos a ele e nele faremos nossa morada” (Jo 14, 23). Trata-se, numa palavra, do mistério da inabitação trinitária, tão profundamente vivido por Santa Elisabete da Trindade, cuja memória a Igreja hoje celebra.

Mais do que considerações teológicas, porém, o que esse mistério deve suscitar em nós é a alegria de sabermos que não estamos sozinhos; somos “casa” de Deus, templo agradável do Espírito Santo, jardim em que o Senhor tem as suas delícias, trono donde o Pai rege e domina todo o nosso ser. — Que Santa Elisabete da Trindade nos alcance, pois, a graça de vivermos essa conversação íntima que Deus quer ter com seus amigos com fé mais viva, mais ardente caridade, recolhimento mais profundo e mais ferventes atos de adoração.

Sobre Santa Elisabete da Trindade

Monja descalça e contemporânea de Santa Teresinha do Menino Jesus, esta bela flor do Carmelo experimentou de forma peculiar, desde a sua primeira comunhão, o augusto mistério da inabitação trinária: Deus, cujas delícias são estar com os filhos dos homens (cf. Pv 8, 31), vem habitar na alma do justo, isto é, daquele que pela graça permanece na sua amizade.

Trata-se, com efeito, do cumprimento daquela promessa de Nosso Senhor: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra e meu Pai o amará, e nós viremos a ele e nele faremos nossa morada” (Jo 14, 23). É a própria Sabedoria incriada e feita homem para nossa salvação quem se aproxima do nosso coração para, nele se depositando como em um humilde presépio e indigno sacrário, tornar presente em nós toda a Santíssima Trindade.

Peçamos, pois, à Virgem Imaculada e a Santa Elisabete que nos alcancem a graça de recebermos a Cristo na Eucaristia com disposições e desejos sempre mais puros e santos, a fim de prepararmos ao Deus três vezes santo uma morada que O acolha com amor e humildade.

Santa Elisabete da Trindade, rogai por nós!

Via CNP

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