Dívida pública federal aumenta 1,15% e chega a R$ 1,6 trilhão em outubro

A emissão de títulos públicos e a apropriação de juros fizeram a dívida pública federal (DPF) aumentar R$ 18,76 bilhões de setembro para outubro, passando de R$ 1,626 trilhão para R$ 1,644 trilhão. Em termos percentuais, a alta foi de 1,15%.

A dívida pública mobiliária (em títulos) federal interna subiu 1,19%, passando de R$ 1,534 trilhão para R$ 1,552 trilhão. A alta ocorreu porque o Tesouro emitiu, em agosto, R$ 4,22 bilhões em títulos a mais do que resgatou. O aumento final, no entanto, foi ainda maior por causa do reconhecimento de R$ 14,10 bilhões em juros.

A dívida pública federal externa também subiu, encerrando outubro em R$ 92,21 bilhões, contra R$ 91,76 bilhões em setembro. A alta ocorreu apesar da estabilidade do dólar, que teve ligeira queda, de 0,07% em agosto.

Em relação à composição da DPF, houve aumento na participação da dívida pública mobiliária interna, que passou de 94,36% para 94,39% no mês passado. Já a dívida pública federal externa teve a participação reduzida de 5,64% para 5,61%. A participação de prefixados, que têm os juros definidos com antecedência, reduziu-se de 36,07%, em setembro, para 35,40%, em outubro, devido ao resgate líquido de títulos da ordem de R$ 9,27 bilhões.

A participação dos títulos corrigidos pela taxa básica de juros, a Selic, na dívida mobiliária interna cresceu, de 30,91% para 31,46%. O vencimento de títulos corrigidos por índices de preços em outubro fez a fatia desses papéis aumentar de 26,53% para 26,78%. A parcela da dívida interna vinculada ao câmbio caiu de 5,57% para 5,44%.

O prazo médio da DPF mudou de 3,57 anos, em setembro, para 3,59 anos, em outubro. Prazos mais longos são significam mais confiança dos investidores na política econômica do governo. No caso da dívida mobiliária federal interna, o prazo ampliou-se de 3,42 anos para 3,43 anos. No caso da dívida pública externa, aumentou de 6,11 anos para 6,19 anos. A parcela dos títulos que vencem em 12 meses caiu de 25,03% para 22,88%, abaixo da banda estabelecida pelo Plano Nacional de Financiamento (mínimo de 24% e máximo de 28%).

O relatório da DPF, divulgado todos os meses, serve para mostrar como o governo refinancia a dívida pública.

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