Braga, 10 Fev (Ecclesia) – A Associação dos Médicos Católicos de Braga pretende que os responsáveis de saúde do distrito dêem prioridade aos cuidados paliativos, “um dos maiores problemas” encontrados por doentes, familiares, profissionais e voluntários do sector.
Numa carta aberta apresentada pela instituição por ocasião do Dia Mundial do Doente, que a Igreja Católica assinala a 11 de Fevereiro, refere-se a “ausência, em quase todo o país, de oferta de cuidados paliativos”, sendo “poucos os profissionais com formação” e “ainda menos” as entidades onde aquela especialidade está disponível.
Por outro lado, os centros “que existem não são divulgados e portanto não são do conhecimento da sociedade em geral, nem, mais especificamente, dos profissionais de saúde ou dos próprios doentes”, sublinha a missiva, que entre os destinatários inclui o primeiro-ministro, a ministra da tutela e o presidente da Administração Regional de Saúde do Norte.
“Os cuidados paliativos não se limitam apenas às situações terminais em oncologia, mas estendem-se a todos os doentes com doenças crónicas avançadas e incapacitantes, devendo sempre ser oferecidos em instalações com estruturas próprias, adequadas e dignas, dotadas com profissionais vocacionados e especializados”, assinala o texto enviado à Agência ECCLESIA.
De acordo com a Associação de Médicos Católicos, os cuidados paliativos são uma “abordagem especializada, polivalente e multidisciplinar, que cuida o doente como um todo, oferecendo-lhe melhor qualidade de vida, através da prestação, em situações clínicas devidamente diagnosticadas, de cuidados de conforto e bem-estar”, incluindo o “respeito total” pela sua “orientação espiritual”.
A mensagem do Papa Bento XVI para o 19.º Dia Mundial do Doente está centrada particularmente nos mais frágeis, pedindo que nenhum doente seja “esquecido ou marginalizado” por causa da sua situação.