Meu Tesouro, Minha Herança, Meu Supremo Bem

“Minha riqueza, deixo tudo só por Ti, sem ter medidas, só pra Te seguir, tesouro incalculável valor inestimável, Espero em Ti…” Amar a Deus como único e supremo bem pra nós, da Missão Fréjus, se traduz muito nessa música da Comunidade. Mas, isso é uma conquista que o Bom Deus, Ele mesmo em sua bondade infinita, vai nos ensinando a cada situação do dia-a-dia. Não é mágica, mas sim a junção de nossa vontade à Graça daquEle que nos ama.

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Conosco foi assim. Jesus cruzou sobre cada um de nós seu Olhar de amor da mesma forma que fez com a Samaritana no poço. Ele nos amou: “Minha vida realmente se transformou quando descobri o amor de Deus por mim. Descobri que não havia história de vida, por mais marcada que fosse, que resistisse ao Olhar apaixonado de Cristo. Nada da minha vida escapava desse Olhar: Ele me amava e me devorava de Amor” (Luiz Henrique) .

Ele nos devorou de tanto amor e nos levou a perceber que, na verdade, esse amor era tudo o que tínhamos buscado até então. Como aquela mulher no poço descobriu que o que ela buscava nos 5 maridos que tivera, na verdade não realizava a sede suprema do seu coração, assim também nós fomos percebendo que durante a nossa vida buscamos em muitas coisas aquilo que não era nosso Bem Supremo, nossa verdadeira felicidade: “O momento mais marcante da minha vida foi quando dei meu “sim” à Comunidade de Vida Comum. Foi o momento em que me dei conta de que tudo o que eu tinha, particularmente os estudos e um futuro profissional promissor, era muito pequeno diante do plano de Deus para minha vida. Assim, deixei aquilo que me traria a glória do mundo para abraçar a Deus como minha Maior Riqueza, como o tesouro pelo qual vale a pena ‘vender tudo’, pois é mais valioso do que tudo o que o mundo pode oferecer…” (Anelisa Savani).

Foi exatamente isso: este amor se tornou o tesouro que nos fez com alegria deixar tudo para comprar O tesouro mais precioso, o Supremo Bem. Mesmo quando na empolgaçao nos perdemos, por causa da nossa fraqueza, e esquecemos o brilho reluzente deste tesouro, o Bom Deus nos faz retomar a Sua escolha sobre nós: “quando recebi a notícia que eu viria em missão para a França, percebi que eu já tinha acumulado mais uma vez muitos tesouros: os irmaos de Comunidade, a proximidade da minha familia, as amizades e mesmo o meu trabalho dentro da Comunidade. Novamente vivi a experiência de assumir a Deus, concretamente, como o que há de mais precioso para mim, como meu Tudo. Sinto que eu realmente precisava perder alguns tesouros para descobrir de maneira ainda mais profunda que, se tenho a Deus, nada me falta; que Ele me conhece e me ama; que Ele sabe das minhas necessidades e cuida de mim em Sua providencia” (Anelisa Savani) ou nos dá sinais de Sua vontade: “Senti-me muito tocado com o fato de ser enviado para a França, minha escolha se deu no dia de São Matias, 14 de Maio, dia que ele foi escolhido para substituir Judas. Isso porque quando o fundador me pediu pra rezar sobre a possibilidade, o Senhor tinha me dado justamente esta passagem.” (Antonio Silva). “A missão na França me fez experimentar algo fundamental na minha vida e vocação. Ela me fez assumir com propriedade que Deus é o único motivo da minha vida, tomando então o lugar no meu coração e só assim eu posso me dar inteiramente” (Viviane Siqueira).

Caminhar e amar a Deus como Supremo Bem nos faz confiar que Ele cuida de nós e que vale a pena arriscar nossos bens, nossos hábitos e costumes, nossa afetividade e sexualidade e aplicar todo nosso ser Nele. Na verdade, amar assim é “amar a Deus com todo nosso coração, de toda nossa mente e com nossa vontade” cf. Dt, “Pois, quando a saudade da Comunidade, dos irmãos, amigos, família aperta, quando as dificuldades com a evangelização, com a língua aprecem, se não for por Ele, tudo fica muito pesado e difícil de se viver. Ele é minha única segurança e posso dizer hoje com propriedade só Ele é o meu tudo.” (Viviane Siqueira).

E descobrimos, enfim, que Ele nos chama a amá-Lo desta forma, não porque Ele nos quer para Ele, como num ato egoísta, mas porque Ele sabe que temos um Destino, um fim último que é Ele mesmo e que só seremos plenamente felizes quando atingirmos este fim. é como a história do patinho feio que não era feliz vivendo algo para o qual ele não tinha sido criado.

O homem só será verdadeiramente livre e feliz quando estiver com Seu verdadeiro e único Bem.

É por isso que estamos aqui, na França, para lembrar ao mundo, mesmo com todos os desafios que enfrentamos, quem é nosso Supremo Bem e nossa Felicidade Verdadeira, ‘pois não podemos deixar de falar do que vimos e ouvimos’ (At 4,20).

Luiz Henrique Ferreira
Seminarista e Consagrado na Comunidade Católica Pantokrator
Missão de Avignon – França

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