Na tarde de ontem, às 17 horas, Bento XVI visitou o Hospital Policlínico Agostino Gemelli, de Roma. Em clima de Epifania – festa em que se celebra a manifestação do Senhor, luz do mundo, dedicada especialmente às crianças, que recebem doces e presentes – o Papa encontrou-se com a equipe médica e as crianças em recuperação. O Santo Padre abençoou o centro para o tratamento de crianças com espinha bífida – que é uma má-formação congênita grave da coluna vertebral e da medula espinhal – e, logo depois, presenteou os pequenos pacientes com doces e lembranças natalícias.
O Papa falou com as crianças, iniciando por um agradecimento por elas terem-no recebido e assegurando-as de seu amor por elas e de sua proximidade através da oração e do afeto que lhes dedica. Bento XVI agradeceu ainda aos pais das crianças, parentes e equipe médica pela dedicação para com o tratamento das pessoas que estão passando por sofrimentos.
A Epifania é uma tradição que tem referência nos Reis Magos, o Dia de Reis, e, por isso, dirigindo-se às crianças, Bento XVI disse que estava ali com elas para fazer um pouco como os Reis Magos. “Os Magos levaram ao menino Jesus – explicou o Pontífice – oro, incenso e mirra, em sinal de adoração e afeto. Hoje também eu quis trazer-lhes alguns presentes, para que vocês sintam, por meio de um pequeno gesto, a simpatia, a proximidade e o afeto que o Papa tem por vocês”.
“Porém – continuou o Santo Padre -, gostaria que todos vocês, adultos e crianças, lembrassem, nesse tempo de Natal, que o maior presente de todos nos foi dado por Deus.” “Quando olhamos para o presépio, o que vemos? – perguntou Bento XVI. Vemos Maria, José e, principalmente, um bebê, pequeno, que precisa de atenção e cuidados, de amor. Aquele menino é Jesus, aquele menino é o próprio Deus, que quis vir para a Terra a fim de mostrar-nos o quanto nos ama.”
“Deus se fez criança – explicou ainda – para mostrar sua proximidade a todas as crianças e para dizer, a cada um de nós, que ele está presente no rosto de cada criança.”
Bento XVI também foi presenteado pelos pacientes pediátricos com três estátuas em terracota, cada uma representando um Rei Mago, além de ter sido recebido por muito afeto por todos. A coordenadora do centro para o tratamento das crianças com espinha bífida, Cláudia Rendelli, disse que o encontro deu-se em um clima familiar e alegre. Contou que o Papa levou palavras de conforto a todas as crianças e que, com algumas, parou para conversar. Disse também que o Pontífice perguntou a cada um dos pacientes pediátricos qual era a doença que estava ali para curar e sobre como estava indo o tratamento, recebendo, além das respostas, muito carinho das crianças.
Demorou-se por um tempo diante das incubadoras dos neonatos, com grande comoção, devido ao estado de fragilidade dos bebês, e encerrou sua visita encorajando a todos a seguirem o seu trabalho em prol do bem e da cura, agradecendo novamente a todos e manifestando seu afeto. (ED)
Fonte: Rádio Vaticano