Bispo anglicano revela como encontrou seu lugar na Igreja Católica

MADRI, 28 Out. 10 / 10:47 am (ACI).- John Broadhurst é o primeiro bispo anglicano em anunciar em público sua demissão e passagem à Igreja Católica. Também é o primeiro pastor anglicano em dar os detalhes de seu novo caminho aos ingleses através de uma emissora de rádio.

Conforme informa o jornal La Razón, Broadhurst está casado e tem filhos, por isso sabe que não poderá ser bispo católico mas guarda a esperança de obter uma dispensa especial para exercer o sacerdócio.

Em declarações ao programa “Sunday” da BBC Radio 4, Brodahurst deu os detalhes de sua decisão.

“A igreja anglicana se foi separando da católica com suas decisões, e temos todo o assunto do matrimônio gay na Comunhão Anglicana, e as mulheres sacerdote na Inglaterra, e as mulheres bispo, e recentemente chegou a oferta do Papa, muito generosa, em “Anglicanorum Coetibus”, que diz a anglicanos como eu: ‘Há um lar para vós, se quiserdes’”, indicou.

Perante o novo passo assegura que tem “a esperança de entrar no Ordinariato. Tenho a esperança de ser sacerdote, mas, ao final, se tiver que ser um simples secular, eu o aceito, não há problema. Como dizíamos no debate sobre as mulheres bispo: o ministério não é uma carreira, mas uma vocação. É o que a Igreja requer de você, não o que você pede à Igreja”.

Depois de 25 anos no Sínodo da Igreja Anglicana, está convencido que já não há lugar para os que querem preservar o sacerdócio masculino.

Segundo o relatório “Cost of Conscience” de 2002, que entrevistou 2.000 clérigos anglicanos, só uma de cada três sacerdotisas anglicanas acredita na maternidade virginal de Maria, quase a metade nega que Jesus tenha ressuscitado, 30 por cento nega a Trindade e uma de cada quatro não acredita em Deus Pai Todo Poderoso nem em Deus Espírito Santo. E as que hoje são sacerdotisas em seguida serão bispas.

Broadhurst acredita que o Ordinariato católico será pequeno ao princípio, “porque para muitos sacerdotes, com esposa e família, é muito duro passar a uma situação insegura, mas recebi muitos e-mails de leigos perguntando ‘como se entra?’”. As respostas chegarão em poucos meses.

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