Como podemos ter a certeza de que amamos alguém de verdade?

A experiência mostra (por vezes dolorosamente) que nestes casos, nem sempre se consegue ver as coisas de uma forma muito clara. Em todo caso não é muito fácil estar seguro de si mesmo ou dos seus sentimentos, e apoiar-se em provas e sinais muito reais.

Isto se explica pelo fato do amor não ser como uma idéia (definível) ou um fenômeno material (possível de medir), ele está dentro do “campo da escolha”. E portanto, pegando uma frase de S. Boaventura: “A medida do amor – e o seu critério – é o amor”. No entanto existem alguns critérios “práticos” (mas não exaustivos):

Será que eu amo o meu amigo(a), ou antes amo o amor que sinto por ele(ela)? Muitas vezes estamos de tal maneira admirados com o sentimento extraordinário que reveste o amor, que podemos deixar de dar atenção ao outro…

Sendo assim, a pergunta não seria: “será que eu o(a) amo?”, mas sim: “será que eu tenho o desejo de o(a) amar?” (uma vez que o amor não é um sentimento, mas mais uma decisão, uma escolha, um “querer amar”).

Por fim, não esqueçamos que o amor é uma relação entre duas pessoas! Só se pode falar de amor se houver reciprocidade. O melhor meio de verificar se existe ou não, é fazer a pergunta (no momento certo e com tato!) àquele ou àquela que é o objeto das minhas ternas afeições! 

Testemunho

Quando eu encontrei o François, aprendi primeiro a descobri-lo como amigo, sem imaginar uma única vez que ele viria a ser meu marido. Do que me lembro é que eu o tinha achado diferente dos outros: mais simpático, mais aberto, quer dizer, melhor que os outros, mas sem eu saber muito bem porquê.

Depois, à medida que nos fomos encontrando mais, eu comecei a ter uma certeza interior de que era “ele”. Progressivamente, sentia uma grande liberdade interior: podia ser totalmente eu mesma, mostrar-me tal como era, sem ter a impressão de estar sendo juigada. Parece-me que há uma dimensão de verdade no amor. Não se procura parecer o que não se é em frente ao outro, nem se multiplicam os esforços só para lhe agradar, nem nos tentamos adaptar à sua personalidade custe o que custar, desprezando a nossa própria.

Quando encontramos a nossa metade, temos também uma sensação de segurança, que vem dessa certeza interior. Com o François, eu me sentia capaz de formar uma família. Apesar de algumas dificuldades de adaptação, devido a um temperamento diferente do meu, eu experimentava uma paz profunda. O nosso noivado não foi um tempo fácil (o que aliás prova que esse período nos era necessário), mas esta certeza interior nunca nos abandonou e depois de estarmos casados há 5 anos, continua sempre presente.

Cécile.

Fonte: Blog Carmadelio

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