Santidade! Mais que meta, necessidade.

Estamos chegando ao meio do ano. É um bom momento para uma reflexão: como vivi esses meses de 2023? Busquei a santidade ou me perdi “borboletando” nos problemas da vida?

No fim do ano costumamos fazer planos, metas e decisões para o ano; passam os dias, semanas, meses e esquecemos completamente o que definimos. Não levamos a sério aquilo mesmo que nós, sem pressão de ninguém, definimos para nosso ano.

Veja: por vezes estipulamos metas, como emagrecer 5 kg ou terminar um curso que compramos há 3 anos. Às vezes, suspiramos por coisas mais celestiais, como rezar mais, ser santo…

Mas, talvez devamos pensar primeiro: realmente desejamos a santidade? Lembramos que, no fim de nossa vida, teremos nosso Juízo Particular e seremos julgados? Mesmo que você não acredite, que diga que Deus é misericordioso, que no fim todos irão ao céu pois Jesus é lindo e fofo, mas o Juízo acontecerá!

Há uma vida e vida eterna

Planejamos, arquitetamos e esquecemos, por vezes, que há uma vida eterna, e que aqui é apenas o começo. 

Façamos uma breve reflexão: antes de você nascer seus pais já existiam. E por incrível que pareça, eles eram felizes. Do modo deles! Pode ser que passaram dificuldades e tristezas, mas a seu modo já eram felizes. Você foi um acontecimento na vida deles. Mas a vida deles já existia.

Assim como, quando você morrer, as pessoas que ficarem continuarão suas vidas normalmente. Nossos filhos, netos, amados e conhecidos continuarão a viver seus dias. Seremos lembrados pela primeira geração (filhos) que deixamos, às vezes, seremos um retrato em nossa 2a geração (netos). Quando muito, a terceira geração se lembrará de nós. Após isso, só são lembrados aqueles que fizeram grandes feitos.

Depois disso, desaparecemos da História da Humanidade. Já pensou nisso? Nossa vida é poeira na História da Humanidade, mas é riqueza e beleza aos olhos de Deus. Para Ele somos únicos e com Ele somos eternos.

Com isso, volto ao tema central desse artigo: como anda a sua, a minha, a nossa decisão pela santidade?

E o que é santidade? Nada mais é do que fazer a vontade de Deus (cf Jo 6,38). Mas, o que é fazer a vontade de Deus?

É cumprir uma série de preceitos? Não.
É seguir rigorosamente o Decálogo? Talvez.
É ir à missa todos os domingos, confessar constantemente, vestir-se castamente e não cometer pecado mortal? Está no caminho.

Então, o que é fazer a vontade de Deus? Para isso, vamos lembrar o que está escrito: “Não quiseste sacrifício nem oblação, mas me formastes um corpo“(Hb 10, 5b) Fazer todas as coisas acima citadas nos levam ao céu, a ser santos? Depende!

Depende da quantidade de amor investido. Amor não é sentimento, mas uma decisão por aquilo que escolhemos.

Podemos seguir todos os preceitos religiosos, mas sermos soberbos de coração;
Podemos seguir rigorosamente o Decálogo e sermos orgulhosos com os irmãos;
Podemos nos vestir castamente, mas sermos impuros nas ações e julgadores como o demônio.

Amar e ser amável. A santidade não se resume em muito fazer, mas em muito amar. Amar e fazer Jesus Amado! Nada fora disso faz sentido.

Por isso ao relembrar nossas metas é necessário avaliar: estou amando a Deus através dos meus irmãos? Estou me dando no trabalho, na família, na dieta, nos estudos com o devido amor que cada situação merece? Meu coração arde por fazer Jesus Amado (como a jovem esposa deseja ardentemente agradar seu marido com comida, casa arrumada e estar juntos em união matrimonial?)

Nesse meio de ano reflitamos o que vivemos, as adversidades envolvidas, e se em tudo estamos amando a Deus nos e pelos irmãos!

Leonardo Araujo Pataro
Consagrado da Comunidade Católica Pantokrator

 

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