Em nosso íntimo, todos queremos um amor pleno que nos ensine a amar. Todos almejamos o bem, o belo e o verdadeiro. Mas a vida “na carne” nos engana, porque a cor branca do amor geralmente se mistura a outras cores como o afeto, a sensualidade, o prazer, o bem estar. Mas, e na hora em que o amor se nos apresentar sem cor? Nessas horas a vontade de fazer o bem, de cultivar o belo, e manter-se na verdade é corroída por ideias e sentimentos de desânimo, raiva, medo, dúvida, desconfiança etc. O que fazer nessa hora?! Essa é a hora da fidelidade, ou seja, a hora da decisão pelo amor.
A fidelidade é a experiência do amor sem motivos, o amor pelo amor. Mas, em nosso ímtimo, fica uma pergunta: o amor descolorido vale a pena mesmo? Parece sem graça, tão sofrido! Não seria essa a questão? A existência humana é como estar sobre a plataforma de um penhasco, quer caminhe para um lado, quer para o outro, nós nos deparamos com os abismos do amor puro. Uma hora teremos que saltar, e se não fizemos nessa vida, a morte nos levará para esse abismo.
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A grande notícia que nos chega pela fé em Cristo é que, mais cedo ou mais tarde, quando saltarmos, alcançaremos a liberdade daquela vida que está na origem da nossa existência humana e que, no fundo, sempre buscamos. Como sei disso? Isso é o que nos ensinou Cristo, isso é o que nos testemunha a Igreja na vida de seus santos. Por isso não tenho medo de dizer que, quando faltar a vontade, que superabunde a fidelidade; a fidelidade provada gera a liberdade.
André Luis Botelho de Andrade
Fundador e Moderador da Comunidade Pantokrator
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