Quando me enviaram o tema para a escrita (Papa São João Paulo II), constava na instrução que eu poderia abordar e discorrer desse santo de maneira livre, conforme o Espírito inspirasse no meu coração. Porém, admito que fiquei com uma interrogação por um tempo: como transcrever em poucas linhas a significância deste homem santo, um papa transformador e um cristão autêntico? Eis a condução do Espírito Santo!
O profundo até no aparente raso.
Uma característica marcante do Papa São João Paulo II, seja como Karol ou como pontífice, é a sua fidelidade ao Bom, Belo, Justo e Verdadeiro, a Cristo! Ele foi um homem de profundidade nas pequenas coisas, foi um santo, um jovem, um professor, sacerdote, bispo, cardeal e papa fincado no Absoluto. Hoje, é isso o que este Santo Papa tem a nos dizer: o encantamento e a fidelidade a Jesus em todas as circunstâncias.
Eu não sou as minhas circunstâncias, eu as vivo.
Ele foi um homem que nunca se permitiu cair no determinismo das situações. Ademais, estamos falando de alguém que passou pela 2ª Guerra, pelo domínio soviético em seu país natal e de um Papa que levou um tiro. João Paulo II possuía todas as aparentes escusas humanas para duvidar do Amor do seu Amado, tinha todas as potencialidades para se tornar um jovem revoltado, problemático, inconformado e indignado. Todavia, mesmo com tudo isso, ele escolheu ser santo.
Mas por que ele era melhor que todos? Não! Porque ele se permitiu ser moldado pela verdade de Cristo e não pelas mentiras das situações, por mais tristes e complexas que fossem. E o melhor, ele escolheu essa via com alegria!
Amar Jesus em tudo, o Papa se manteve fiel
Em todos os seus processos e em tudo aquilo que Deus confiava a ele, o Papa se manteve fiel, este homem apaixonado por Cristo descobriu a beleza e o sentido em tudo. Isso porque, ele era íntimo e profundo. João Paulo II colocou Jesus Cristo, efetivamente, como o seu Senhor, Ele foi o centro de sua juventude alegre, intelectual, recheada de cultura e de amigos, Ele foi o centro dos seus estudos, do seu bispado e pontificado. Jesus foi profundamente a sua razão de existir.
No todo ele cumpriu a sua vocação de homem santo, pois em tudo, ele reconheceu a possibilidade de transcender, de amar a Deus e vencer o pecado. Fez jus às suas palavras: “A vocação do cristão é a santidade, em todo o momento da vida. Na primavera da juventude, na plenitude do verão da idade madura, e depois também no outono e no inverno da velhice, e por último, na hora da morte”.
Eu sou quem dizes que eu sou
Que sejamos, pela intercessão do Papa São João Paulo II, homens e mulheres determinados apenas pela Palavra de Cristo, que Ele seja a nossa única referência em todas as situações e variáveis. Sendo assim, que nós sejamos fiéis em tudo e em todas as nossas fases.
Que Cristo seja a nossa radical escolha, radical inalterado como o centro do Verbo que habita em nós! Que Ele seja a nossa única verdade e a nossa única certeza, assim como foi para o Papa São João Paulo II.
Papa São João Paulo II, rogai por nós!
Ana Clara Gonçalves
Vocacionada na Comunidade Católica Pantokrator