Natureza da Família

Ao criar o homem e a mulher, Deus instituiu a família humana e dotou-a de sua constituição fundamental. Seus membros são pessoas iguais em dignidade. Para o bem comum de seus membros e da sociedade, a família implica diversidade de responsabilidades, de direitos e de deveres (CIC- 2203).

A família é a célula originária da vida social. É a sociedade natural, na qual o homem e a mulher são chamados ao dom de si no amor e no dom da vida. A autoridade, a estabilidade e a vida de relações dentro dela constituem os fundamentos da liberdade, da segurança e da fraternidade no conjunto social. A família é a comunidade na qual, desde a infância, se podem assimilar valores morais, tais como honrar a Deus e usar corretamente a liberdade. A vida em família é iniciação para vida em sociedade (CIC- 2207).

“A família cristã oferece uma revelação e uma realização específica da comunhão eclesial, que também por esse motivo se pode e se deve chamar de igreja doméstica. É uma comunidade de fé, de esperança e de caridade; na Igreja ela tem importância singular, como se vê no Novo Testamento” (CIC- 2204).

Assim como a Igreja necessita de seus membros para se tornar um corpo, a família também é constituída de pessoas em comunhão ao Pai, Filho e Espírito Santo. Esposos sob a benção do sacramento do matrimônio colaboram com a obra divina na procriação de filhos.

Um casal se torna uma só carne pelo extraordinário, assim como durante a celebração eucarística Jesus se torna o Pão Vivo. Esse milagre se concretiza ao transbordar toda essa entrega de amor à dois corpos que se unem para formarem outro, a geração de uma nova vida.

Deus ama tanto as famílias que desejou ter uma: Maria e José! Nosso próprio Deus se fez homem de carne e osso e viveu essa realidade tão sublime em um seio familiar.

Como é grandiosa e maravilhosa essa forma de vida… Iniciada com o matrimônio, partilhando amor com cônjuge e doando carinho, afeto e educação para os filhos. Colaborar com essa obra é buscar santidade.

A família cristã é evangelizadora e missionária. É chamada a partilhar oração cotidiana e a leitura da Palavra de Deus que fortificam nela a caridade (CIC – 2205).

Deveres dos pais

Para continuar a beber dessa graça compete aos pais educar e estimular os filhos na fé. Educar os filhos no cumprimento da Lei de Deus, mostrando-se eles mesmos obedientes à vontade do Pai dos Céus (CIC – 2222).

Os pais são os primeiros responsáveis pela educação de seus filhos. Dão testemunho desta responsabilidade, em primeiro lugar, pela criação de um lar no qual a ternura, o perdão, o respeito, a fidelidade e o serviço desinteressado são a regra. O lar é um lugar apropriado para a educação das virtudes. Esta educação requer a aprendizagem da abnegação , do reto juízo, do domínio de si, condições de toda verdadeira liberdade. Os pais ensinarão os filhos a subordinar “as dimensões físicas e instintivas às dimensões interiores e espirituais”. Dar bom exemplo aos filhos é uma grave responsabilidade para os pais. Sabendo reconhecer diante deles seus próprios defeitos, lhes será mais fácil guiá-los e corrigi-los:

“ Aquele que ama seu filho castiga-o com frequência, para poder mais tarde alegrar-se com ele” (Eclo 30,1-2). “É vós, pais, não provoqueis revolta nos vossos filhos; antes, educai-os com uma pedagogia inspirada no Senhor” (Ef6,4).

O lar constitui um ambiente natural para iniciação do ser humano na solidariedade e nas responsabilidades comunitárias (CIC – 2224).

Família de Nazaré

A Sagrada Família – Jesus, Maria e José – como toda família humana, teve de enfrentar desafios. Eram pessoas de Deus e se empenhavam em manter boa convivência, respeito mútuo e disposição para fazer a vontade do Senhor.

Jesus, o Filho de Deus que se fez humano, veio cumprir a missão que o Pai lhe confiara: “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho único… para que o mundo seja salvo por meio dele” (Jo 3,16-17). Maria, escolhida para ser a mãe do Salvador, sabia que o fruto do seu ventre era o “Filho do Altíssimo” (Lc 1,32). Diante do mistério da encarnação, ela silenciava e “guardava todas essas coisas, meditando-as em seu coração” (Lc 2,19). Quanto a José, estava a serviço de uma sublime e exigente missão. De fato, o anjo do Senhor lhe havia dito: “Não tenha medo de receber Maria como sua esposa, pois o que nela foi gerado vem do Espírito Santo” (Mt 1,20).

A Sagrada Família é proposta pela Igreja como modelo de todas as famílias cristãs: na casinha de Nazaré, Deus ocupa sempre o primeiro lugar e tudo Lhe está subordinado.

Os lares cristãos, se imitarem o da Sagrada Família de Nazaré, serão lares luminosos e alegres, porque cada membro da família se esforçará em primeiro lugar por aprimorar o seu relacionamento pessoal com o Senhor e, com espírito de sacrifício, procurará ao mesmo tempo chegar a uma convivência cada dia mais amável com todos os da casa.

É dentro de casa que nos tornamos uma comum unidade, vivendo dentro de uma única via no qual transitam ensinamentos, dificuldades, dores, graças e muitos desafios.

Na simplicidade do dia a dia, Jesus vai se mostrando presente no pequeno. Ao sentarmos a mesa para uma refeição, se mostra misericordioso e oferece para nossas necessidades fisiológicas o matar da fome e abastece nossa alma com amor de cada membro da família.  Saborear o dom da vida cercado de familiares é um presente inestimável para nós.

De fato, a família é a melhor escola na qual se aprende a viver aqueles valores que dignificam a pessoa e tornam grandes os povos.

Gratidão pela minha família!

Angélica Chiba Maeda Ushirohira
Postulante da Comunidade Católica Pantokrator

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