Ora, vejamos o que um “belo” ponto de exclamação pode fazer, ou melhor, o que já fez no momento em que leste o título deste texto. Perceba que se ao final do título, a exclamação fosse substituída pelo ponto de interrogação, brutalmente, iniciaríamos essa leitura com uma dúvida, desconfiança, a mesma em que a serpente desferiu para Adão e Eva no paraíso. E, por isso, digo: Aqui não! Afasta-se, Satanás! A nossa vida está angariada na certeza das promessas de Cristo. Portanto: HÁ ESPERANÇA PARA A NAÇÃO BRASILEIRA!
Podemos fazer memória do que foi a sociedade, ou a nação Palestina do tempo de Jesus. Para isso, trago um pequeno trecho extraído da parte introdutória do evangelho segundo Matheus:
Política
O poder efetivo sobre a Palestina está nas mãos dos romanos. Mas em geral, estes respeitam a autonomia interna das suas colônias. A Judéia e a Samaria são dirigidas por um procurador romano, mas o sumo sacerdote tem poder de gerir as questões internas, através das leis judaicas. Este, porém, é nomeado e destituído pelo procurador romano (a nosso grifo).
Definitivamente, como nos mostram as Escrituras e o nosso contemporâneo, a paz em uma nação requer muito mais do que ter instituições governamentais feitas para controlar o povo e não direcionar, e até mesmo troca de favores que sustentam a posição de poder. É preciso que seja ordenado para as virtudes que Cristo nos ensina, em especial, a caridade. Afinal, o amor de Cristo é o que nos impulsiona – “Caritas Christi urget nos” (2 Cor 5,14).
A caridade é uma forma de expressão da esperança, mesmo sem que nada seja dado ou feito em contraprestação da sua doação. Atos de caridade deixam nossa musculatura espiritual mais robusta, resistente ao pecado; levando-nos à verdadeira esperança.
Revivendo a situação do povo na época de Jesus: as constantes guerras, a dominação romana, a escassez de mantimentos… Ainda assim, ali estava um povo crente na promessa de Deus. Tal como o povo hebreu, creu na libertação por meio de Moisés, do caminhar pelo deserto à terra prometida, do Verbo Encarnado e Senhor da Nação, Jesus Cristo; até os dias atuais, sempre houve um povo, mesmo que em menor número, confiante.
Fariseus e Zelotes, da resistência passiva à justiça pela espada.
A verdadeira esperança está apenas no Senhor, com “S” maiúsculo, e nunca nos senhores, pois apenas Deus é infalível em nossa salvação. Deixemos de lado a passividade dos fariseus, que ora se justificavam pela soberba, ora pela avareza; bem longe, também, estejamos dos zelotes, os quais, estes últimos, depositavam suas esperanças na espada.
Os fariseus investiam tanto de suas vidas na busca do que a lei poderia lhes favorecer, e os zelotes buscavam a carnificina a todo custo que isso tomava o tempo e qualidade de ambos do principal ato de fé para esperança de uma nação livre de todo mal, a oração.
O clamor da nação
Uma nação que ora é deleite para o ouvido e o coração de Deus. “Diga-me, preferes viver em pecado mortal ou ter o corpo coberto por lepra?” Essa resposta lhe dirá onde colocas a sua esperança, nas coisas do céu ou nas coisas do mundo. Busquemos a intimidade com Aquele que é fonte e Rei do Universo, que nossa confiança esteja no Senhor de todas as Nações, o Cristo Rei da Jerusalém Celeste. Por isso, faço um convite a orar pela nossa nação, primeiro, se colocando como servo pequeno, que muitas vezes é fariseu ou zelote, e, depois, com sua boca, louve pela terra da nação que tu pisas:
“Ó Senhor, ouve; ó Senhor, perdoa; ó Senhor, atende-nos e age sem tardar; por amor de ti mesmo, ó Deus meu; porque a tua cidade e o teu povo são chamados pelo teu nome.”
Estando eu ainda falando e orando, e confessando o meu pecado, e o pecado do meu povo Israel, e lançando a minha súplica perante a face do Senhor, meu Deus, pelo monte santo do meu Deus.” (Dn 9,19-20)
Como cristãos, devemos ter esperanças em nossa nação, mesmo que o mundo inteiro diga o contrário, pois o desejo de Deus é que seu povo seja feliz e viva em paz. Com a oração, e com atos sinceros de caridade, iniciamos o nosso processo de conversão dos corações para Cristo. Uma nação feliz e pacífica é aquela que mais próxima está do coração d’Aquele que a criou.
Thiago Casarini
Postulante da Comunidade Católica Pantokrator
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