Cabeça de gelo, coração de fogo e braço forte

Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. Quem tem coração para sentir, sinta. E ao ouvir e sentir, peça a graça de entender e agir. Mais do que nunca, nós cristãos, precisamos da virtude da fortaleza para perseverarmos no caminho da , sem parar nem retroceder. E o porquê disso? Fica até o final desse texto e terá sua resposta.

O ano é 2023. Fronteiras foram transpostas pela internet e vasta é a oferta de informação e conhecimento difundido, além da facilidade de acesso a elas. Antigamente, para se conquistar uma nação e dominar um povo, era preciso mover exércitos, travar lutas demoradas e árduas – sei que em alguns lugares isso ainda acontece, – mas, o fato é que a guerra hoje se volta para tomada das nossas consciências e de corações que tem se dado de maneira sorrateira, bonitinha, limpinha e colorida.

Vejam que a religião da Cruz, do sacrifício, do coração puro e convertido, tem cedido lugar a religião do “amor”. Um amor esvaziado de qualquer cobrança, um amor livre de responsabilidades, um amor que diz que “o que importa é ser feliz. Se determinada atitude te faz bem, então não podemos julgar, pois, a liberdade deve ser preservada”.

Com a difusão de ideologias como essas, as pessoas têm ficado perdidas e sem sentido; se tudo é amor, então, nada é amor. Perde-se a referência e o caos toma conta.

Aqui, entra a necessidade de como cristãos clamarmos pela graça da virtude da fortaleza, para termos uma cabeça de gelo para analisar muito bem as circunstâncias, um coração de fogo que arde em amor pelo Cristo que dá sentido a todas as coisas, e um braço forte para agir no mundo fazendo da Terra o Céu e testemunhando a santidade em todo o tempo.

“Examinai tudo: abraçai o que é bom.” (1 Ts 5,21)

Sim. É chegado o tempo de fortalecermos o nosso coração na fé de que o Amor Poderoso de Deus tudo fará por nós, pela nossa família, pela nossa comunidade. Mas, para isso, é preciso combatermos o bom combate com as armas da fidelidade nas nossas pequenas ações, de que maneira? Cumprindo nosso dever de estado com constância e não deixando que a cultura relativista e hedonista entre em nossas casas.

Zele pelo que tem ouvido, pelo que tem assistido, vestido, consumido de entretenimento e informações nas redes sociais, nos livros e jornais. Enfim, busque a purificação dos sentidos que são a porta de entrada da alma.

Se eventualmente você olha para as notícias e pensa “o mundo está perdido”, realmente o mundo jaz no maligno (cf 1 Jo 5, 19), mas, “as portas do inferno não prevalecerão contra ela”. (Mt 16, 18b). Somos da religião das catacumbas, dos mártires e santos que foram fiéis até o fim e gozam da felicidade eterna que nos foi prometida por Deus Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus”. (Mt 5, 12a).

Meus irmãos, termino essa reflexão de hoje, fazendo um apelo: não tenham medo de amar o mundo apaixonadamente. Somente assim teremos forças e alegria na luta para recapitular as coisas criadas e viver o justo uso dos bens na caridade, na fé e na esperança.

Que a Virgem Santíssima nos conduza nesse caminho rumo ao céu!

Deus os abençoe.

 

Fernanda Guardia
Consagrada da Comunidade Católica Pantokrator

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