O que é ansiedade?
Ansiedade é uma palavra originária do latim anxia, que significa estreito. Em outras definições não técnicas: aflição, angústia, perturbação do espírito causada pela incerteza, relação com qualquer contexto de perigo etc.
A ansiedade é um mecanismo de defesa do nosso cérebro que nos alerta para as situações adversas, para o perigo. É uma reação de “luta-fuga” que nos coloca em atenção para agir; porém, em excesso, faz exatamente o contrário: paralisa.
Quando a ansiedade se torna patológica?
A ansiedade passa a ser patológica quando começa a prejudicar o dia a dia, causando transtornos físicos e emocionais e interferindo na qualidade de vida do indivíduo, que não consegue controlá-la. Os sintomas podem começar desde criança e persistirem até a fase adulta, sendo os mais frequentes: tontura, tremores, inquietação, suor em excesso, falta de ar, tensões musculares, insônia, sensação de fraqueza ou cansaço, irritabilidade e mudanças de humor, problemas gastrointestinais, palpitações e desmaios.
Incidência da ansiedade no Brasil
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que o Brasil é o país com o maior número de pessoas ansiosas: 9,3% da população. Há também um enorme alerta sobre a saúde mental dos brasileiros, já que uma em cada quatro pessoas no país sofrerá com algum transtorno mental ao longo da vida. Outro levantamento, feito pela Vittude (plataforma online voltada para a saúde mental e trabalho), aponta que 37% das pessoas estão com estresse extremamente severo, enquanto 59% se encontram em estado máximo de depressão e a ansiedade atinge níveis mais altos, chegando a 63%.
Tratamento
Existem três tipos de tratamento para os transtornos de ansiedade:
– Medicamentos (sempre com acompanhamento e receita médica);
– Psicoterapia com psicólogo ou com médico psiquiatra;
– Combinação dos dois tratamentos (medicamentos e psicoterapia).
A maior parte das pessoas começa a ser sentir melhor e retoma suas atividades depois de algumas semanas de tratamento; por isso, é importante procurar ajuda especializada na Unidade de Saúde mais próxima. O diagnóstico precoce e preciso, um tratamento eficaz e o acompanhamento por um prazo longo são imprescindíveis para que se obtenham melhores resultados e menores prejuízos.
Ansiedade e fé
Podemos dizer que a fé é um forte aliado no tratamento da ansiedade patológica, pois é um sentimento de total crença e confiança em algo ou alguém.
Na Bíblia, encontramos a definição de fé em Hb 11,1: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem”.
Buscar confiança em Deus auxilia a reduzir o estado de alerta, pois passamos a entregar o controle de nossas vidas nas mãos d’Ele.
É um ato de fé, de entrega total, deixar-se conduzir por Jesus, sem esperar ou almejar algo para o futuro.
O nosso humano se apega na rasa condição de planejar, organizar e conduzir a vida perante nossos sonhos e desejos. Rebaixar nosso racional é desafiador! Essa atitude de desfocar nosso racional é importante e pode ser realizada através da oração. A vocalização das preces nos coloca em um canal direto de comunicação com Deus. Rezar e louvar significa ordenar os pensamentos a Deus e desejar a vontade d’Ele.
Esse exercício mental traz rebaixamento dos hormônios adrenalina e cortisol, que desencadeiam os sintomas físicos da ansiedade (tremor, palpitações, falta de ar, angústia).
Em contrapartida, a ansiedade nos remete à nossa limitação física perante a grandiosidade de Deus.
Quando percebemos a ansiedade, o mecanismo de defesa é imediatamente acionado, colocando-nos em posição de vulnerabilidade e dependência de Deus.
Reconhecer a própria fragilidade significa humilhar-se perante o Seu senhorio, colocar-nos submissos ao Todo-Poderoso.
Quão importante são esses sinais em nosso corpo para percebermos a maestria de Deus em nossas vidas…
Aprender a entregar nossa miséria é o caminho da salvação como Pedro 1-5:7 já disse: “lancem sobre ele toda a sua ansiedade porque ele tem cuidado de vocês”.
Jesus eu confio em vós!
Angélica Chiba Maeda Ushirohira
Vocacionada da Comunidade Pantokrator