Edson Carlos de Oliveira
Instituto Plínio Corrêa de Oliveira
Na tarde de sábado último, um sinistro cortejo percorreu as ruas de Paris em pról do “direito” de abortar. Eram feministas idosas, ativistas homossexuais, militantes libertários e extremistas de esquerda que tinham atendido ao apelo de 70 associações abortistas para estarem presentes.
Ah! Não podemos esquecer da mídia, ela estava lá e entrou na cerimônia como acólito incensando o número de participantes informado pelos organizadores, sem levantar a menor dúvida. Por exemplo, a AFP disse que havia 5.000 manifestantes, quando a polícia local calculou algo em torno de 2.700. Já blog e-deo informa que não passava de 750. Esse dado me foi confirmado por amigos que estiveram lá.
O cortejo estranho saiu da praça da Itália em direção à Bastilha. Mas algo não estava direito. De repente, aparece na janela de um apartamento um cartaz (2,5m x 2m). O que estava escrito? Algo abominável! Vocês nem podem acreditar. As velhas feministas da marcha não podiam tolerar tal afronta contra o direito delas de se expressarem pacificamente com seus slogans obscenos – sim, muito obscenos e me recuso a sujar este site colocando um exemplo aqui – e também anti-clericais. Tratava-se de uma faixa que perguntava “Et le droit à la vie?” (E o direito à vida? Foto ao lado.)
Não dava para tolerar. Isso era uma ameaça a liberdade de expressão da marcha abortista! Quem tinha ousado tal afronta? Algo precisava ser feito. E fez-se. Um grupo de comunistas do sindicato CGT e algumas feministas invadiram o hotel, arrombaram a porta e retiraram a faixa, sem deixar, é claro, de agredirem aos dois jovens pró-vida que estavam dentro do quarto.
Pronto. Agora a justiça estava feita e a marcha podia continuar. Mas, não! O que é isso? Que empáfia, um outro pró-vida católico pegou um megafone e começou a falar sobre a verdadeira liberdade das mulheres. Sob os olhos da polícia, alguns militantes da marcha, armados de gás lacrimogêneo e pedaços de ferro (até então era uma cadeira), conseguem impedir a manifestação dos contrários
Opa! Quem vem lá? A polícia entra em cena, cessa a bagunça e prende… três pró-vida. Nenhum dos agressores foi ao menos atuado.
Apesar do aborto ser liberado na França, as feministas reclamavam da dificuldade delevar a cabo um pedido de matar o bebê, principalmente por causa que os médicos se negavam a transformar em açougue o local onde lutam diariamente para salvar vidas. É o direito à “objeção de consciência” posto em xeque.
Fonte: Blog Sou Conservador, Sim, e daí?