Terceiro dia do Sínodo debate meio de viver a comunhão entre as Igrejas

Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 13-10-2010, Gaudium Press) A terceira congregação geral do Sínodo sobre o Oriente Médio, realizada nesta terça-feira, 12, na presença do Santo Padre, debateu entre outros temas a ideia dos “sacerdotes sem fronteira”, sacerdotes que dedicariam um certo período a serviço dos católicos na realidade medio-oriental.

Sobre este assunto, o primeiro integrante do Sínodo a realizar uma intevenção foi o arcebispo de Bagdá dos Latinos no Iraque, Dom Jean Benjamin Sleiman, O.C.D.. que afirmou que “É necessário encorajar o espírito de cooperação entre as várias comunidades, coordenar a atividade pastoral e estimular a emulação espiritual e não a rivalidade”.

Para o bispo de Gibuti, da África Oriental, Dom Giorgio Bertin, O.F.M., os bens a serem compartilhados devem ser os próprios sacerdotes. É o prelado que destaca a criação dos “sacerdotes sem fronteira”. Uma espécie de “banco de sacerdotes disponíveis”, de todas as Igrejas e congregações religiosas que ficariam disponíveis por um tempo indeterminado: 3 meses, 6 meses, 9 meses a serviço nas Igrejas médio-orientais. “Isto seria um modo concreto de viver a comunhão entre as nossas Igrejas”, disse.

Outro tema discutido ontem na Congregação foi a emigração, que é a maior ameaça a presença dos cristãos no Oriente Médio, segundo o arcebispo de Kirkuk dos Caldeus, administrador Patriarcal de Sulaimaniya dos Caldeus no Iraque, Dom Louis Sako. “Os números são preocupantes” asseverou Dom Louis, fazendo um apelo para que a comunidade internacional e as autoridades locais encontrem uma solução que respeite a dignidade humana dos cristãos.

Conforme o superior geral da Ordem Maronita Mariamita da União dos Superiores Gerais, Padre Ab. Semaan Abou Abdou, O.M.M., os motivos da emigração são principalmente políticos e ecumênicos, mas também a procura de segurança e estabilidade, já que muitos fogem do conflito etre israelenses e palestinos. Para o sacerdote, temas como a família; a figura da Virgem Maria; os valores humanos, nacionais e religiosos; além de empenhos educativos, podem unir cristãos e mulçulmanos.

A importância imperativa da mídia também foi abordada no terceiro dia do Sínodo pelo Exarca Patriarcal do Patriarcado de Cilícia dos Armênios, em Jerusalém, Dom Raphaël François Minassian. O prelado pediu a colaboração entre os católicos do Oriente Médio e observou a falta de boas relações, de recursos econômicos e também de profissionais. “A situação da mídia no Oriente Médio é fraca e primitiva, mas ela tem um grande papel na criação de uma comunhão verdadeira entre as várias Igrejas católicas”, declarou.

Um outro problema que enfrentam as Igrejas católicas no Oriente Médio é a difusão de seitas. O bispo titular de Acque de Proconsular, bispo auxiliar de Jerusalém dos Latinos, e vigário Patriarcal de Jerusalém dos Latinos para a Jordânia, DomSalim Sayegh, que apresentou esta questão, propôs concretas iniciativas pastorais para resolvê-la como visitas às famílias, formação cristã dos adultos, e sensibilização das escolas católicas à própria missão.

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