Governo faz da Espanha um laboratório de secularização

O diretor do Centro Europeu para a Lei e a Justiça (ECLJ), Grégor Puppinck, advertiu sobre a fobia anticristã que se expande no continente e assinalou que a Espanha é agora “um laboratório no qual o Governo (socialista) está ensaiando a secularização”.

Puppinck se reuniu com a plataforma Profissionais pela Ética (PPE), no dia 13 de dezembro, onde abordou o caso de Soile Lautsi, a mulher italiana que em 2002 processou o Governo italiano perante o Tribunal Europeu de Direitos humanos de Estrasburgo, ao considerar que a presença de cruzes na escola pública onde estudavam seus dois filhos violava seus direitos pois supostamente impunha às crianças uma determinada presença religiosa.

Segundo a PPE, o perito indicou que este processo, assim como a imposição de Educação para a Cidadania na Espanha, são ensaios de minorias que querem secularizar a sociedade “a golpe de sentenças e de leis”. “São batalhas emblemáticas que devemos liberar e tentar ganhar também nos tribunais, embora a luta seja de natureza espiritual, muito mais profunda”, advertiu.

Nesse sentido, destacou a posição de 21 estados europeus a favor da presença das cruzes nos espaços públicos. Puppinck disse que a decisão final “influirá na lei de liberdade religiosa que se prepara na Espanha”.

Embora em novembro de 2009 a corte de Estrasburgo tenha sentenciado a favor da mulher, o Governo italiano apelou a sentença e agora a decisão recai sobre os 17 juízes que compõem a Grande Câmara do Tribunal de Estrasburgo.

O diretor do ECLJ defendeu a presença da religião na vida pública dos países, pois “a democracia necessita da religião para manter vivos os valores seculares sobre os quais se apóia”.

“Os valores cristãos, dos quais tanto querem desprender a Europa, supõem um pilar fundamental para a democracia, pois uma democracia sem valores, não é uma democracia legítima”, afirmou.

O perito europeu lamentou que os meios de comunicação reforcem freqüentemente certos preconceitos ou burlas contra os cristãos. “As ofensas também se expandem no âmbito cultural e político, numerosas peças de teatro e de arte se burlam dos símbolos e das práticas cristãs, inclusive existem políticos que se outorgam a licença de brincar com os símbolos cristãos em público”, assinalou.

Entretanto, Puppinck advertiu que os valores do Ocidente não podem separar-se da sua raiz cristã. Ele indicou que fazer que um país renuncie à sua identidade é uma violência e por isso chamou a derrotar esta tendência com as armas legais, porque a “Europa não pode confrontar o futuro renunciando às suas raízes cristãs”.

Fonte: ACI

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