Nossa vida é dinâmica! Vez ou outra nos deparamos com momentos de fazer escolhas. E é nessa hora que bate aquele medinho de errar; de não fazer a escolha certa e viver infeliz.
Hoje quero expandir nossa reflexão para além dessa dualidade “hamletiana” do “ser ou não ser”; vamos avançar para além desse medo de escolher. Para isso, lanço a questão: entre a escolha certa e a errada existe alguém que escolhe e quem é você diante da escolha?
Pode soar estranha essa pergunta, mas o sentido é esse mesmo, te tirar do lugar comum e provocar essa reflexão: quem é a pessoa que escolhe? Isso porque, somos seres livres e essa liberdade vem acompanhada da responsabilidade, por isso é importante refletir em quem somos diante das escolhas que a vida nos impõe.
Vejam, podemos ser os inseguros que vivem no “deixa a vida me levar” por medo de escolher qualquer coisa errada; ou ainda os impulsivos que escolhem sem refletir adequadamente nas consequências das escolhas feitas; também lembremos dos prudentes, que ponderam as escolhas possíveis e escolhem a que mais faz sentido para seu momento de vida.
QUEM É VOCÊ DIANTE DAS ESCOLHAS QUE A VIDA LHE IMPÕE?
Não sei se você parou em algum momento para pensar sobre essas questões, se não pensou é hora de pensar. Nós católicos temos a graça de receber no batismo o Espírito Santo, nosso amigo, que nos ajuda, direciona e ilumina nosso caminho até o Céu. Quantas vezes você tem recorrido a Ele nos momentos de fazer uma escolha importante na sua vida?
Pense bem: quantas vezes você ficou tomado por uma angústia, uma ansiedade, uma tensão que roubou sua paz e te influenciou a tomar decisões que se mostraram ruins com consequências devastadoras?
Sim, meus caros leitores, quantas escolhas ruins já foram feitas por imprudência e insegurança, simplesmente por contarmos com nossas próprias forças e vontade de controlar o futuro. Isso, pelo simples fato de não pedirmos ajuda e discernimento ao amigo de nossa alma, o Espírito Santo.
Refaço agora a questão de outra perspectiva:
Diante das escolhas você tem sido pagão ou cristão?
Ver e perceber aquilo que realmente é importante e saber escolher bem, são o resumo do que chamamos de virtude da prudência que é a mãe de todas as virtudes. “Eu, a sabedoria, moro com a prudência e tenho o conhecimento que vem do bom senso” Prov. 8, 12.
Convido vocês a saírem dessa dualidade simplista de escolha certa, medo de errar. Avancem para águas mais profundas e se banhem na graça do Espírito Santo, peçam a virtude da prudência diante das escolhas que precisarem fazer. Sejam cristãos e não pagãos!
Que o Bom Deus os abençoe e a Virgem Santíssima os guie nesse desafio de ser prudente e santo.
Fernanda Guardia
Consagrada da Comunidade Católica Pantokrator