Cinco passos para acabar com a tristeza

tristeza

Nesta vida, é inevitável que nos encontremos em situações como Davi, quando exclamou: “Até quando aninharei a angústia na minha alma, e, dia após dia, a tristeza no coração? ” (Sl 12, 3)

Elencamos cinco passos, na intenção de te ajudar em situações como essa.

1º PASSO: IDENTIFICAR OS VERDADEIROS MOTIVOS

É importante que nos empenhemos nessa busca, pois podemos até ser cientes de fatores óbvios que podem nos entristecer, mas se investigarmos a fundo, podemos encontrar motivos que nem imaginávamos! Nada como “eliminar o mal pela raiz”!

Só você, com o auxílio do Espírito Santo, será capaz de identificá-los. Podemos encontrar como resposta: perseguições (reais ou imaginárias), doenças, perdas importantes, inveja, sentimento de impotência, frustrações, traumas, falta de correspondência afetiva de quem se quer bem, egoísmo, fechamento para o outro.

É certo que, entre os motivos, o principal gerador de tristeza é o afastamento de Deus, pois um dos frutos do Espírito Santo é a alegria. Muitas vezes, nós nos empenhamos de maneira exagerada na busca de felicidade através de coisas passageiras. Isso ocupa, em nossos corações, o espaço que só Deus pode preencher de maneira consistente.

2º PASSO: DEFINIR “ESTRATÉGIAS DE ATAQUE”

De acordo com as repostas que encontramos através da investigação inicial, podemos traçar metas daquilo que podemos fazer para combater a tristeza. Sabemos que há situações que não compete a nós modificar, mas diante da impossibilidade de se transformarem, podemos modificar algo em nós mesmos, para que possamos lidar melhor com tudo isto.

Outra coisa importante é cooperar com nosso próprio “eu”: o que cultivamos no pensamento influencia muito o nosso bem-estar. Isto é bíblico: “Não entregues tua alma à tristeza, não atormentes a ti mesmo em teus pensamentos. A alegria do coração é a vida do homem, e um inesgotável tesouro de santidade. A alegria do homem torna mais longa a sua vida. Tem compaixão de tua alma, torna-te agradável a Deus, e sê firme; concentra teu coração na santidade, e afasta a tristeza para longe de ti, pois a tristeza matou a muitos, e não há nela utilidade alguma”. (Eclo 30,22-25)

A única “tristeza útil” é a do arrependimento que leva à conversão. Mas ela somente é “útil” para nos motivar às mudanças necessárias e à reconciliação com nós mesmos, com Deus e com o outro.

3º PASSO: ATACAR!!!

Chegou a hora de colocar em prática as estratégias definidas no passo anterior.

Se nossa consciência nos acusa de algo de que realmente temos culpa, busquemos o Sacramento da Confissão e nos comprometamos a não cometer o mesmo erro. Por meio desse Sacramento, podemos descansar nossa alma, pois essa culpa não existe mais aos Olhos do Pai! E vigiemos nossos pensamentos, pois existem culpas desnecessárias, utilizadas pelo inimigo de Deus para nos roubar a paz.

Sempre que puder, conte com o auxílio dos melhores amigos e familiares. Seja também um auxílio para eles, pois o ato de dar-se ao outro também é fonte de inexplicável alegria! Quando necessário, conte também com ajuda de um profissional e com direção espiritual.

Outra dica para “lançar a tristeza ao chão” é cultivar os hábitos de que gosta, estar com quem é especial, cuidar da saúde, escutar boas músicas.

Algo fundamental: reconciliar-se sempre com as pessoas! É normal que nas nossas relações interpessoais aconteçam mal-entendidos… Mas, por menores que sejam, eles podem levar a grandes estragos: pode ser que o nosso “orgulho ferido” nos leve a querer provocar o outro, ou a tratá-lo com indiferença – justamente quem é especial para nós! Isso é fonte de grande tristeza, pois quem paga o preço dessas “provocações” somos nós mesmos, que nos contradizemos ao tratar com desamor quem amamos.

Um grande “nocaute” à tristeza é tomar a iniciativa de conversar com o outro (mesmo que seja ele o “culpado” pelo desentendimento), buscando compreendê-lo, e expondo nossos motivos para tais ações ou reações.

4º PASSO: “SEPULTAR OS RESTOS MORTAIS” DA TRISTEZA

Depois de uma verdadeira guerra travada e vivida, é preciso “limpar o território” para celebrar a vitória e fazer reinar a alegria novamente.

Quando digo “sepultar os restos”, verifique se ainda pulsa em seu interior algum motivo de tristeza para ser curado. É importante isso porque, se sepultamos algo latente, não estamos “eliminando o mal pela raiz”, mas apenas adiando problemas. Se verificamos que ainda não “matamos” os reais motivos da tristeza, aguentemos mais um tanto de guerra… Paciência…

De qualquer forma, sigamos logo para a próxima etapa!

5º PASSO: CULTIVAR A VERDADEIRA ALEGRIA

Embora citada somente no último passo, não significa que devemos esperar todo este processo para cultivar a alegria! Porque ele pode demorar “um pouquinho” … E a alegria não precisa, nem pode esperar!

Mesmo em meio às lutas e conflitos diários é possível encontrar alegria!

Gostaria de repetir este trecho: “Tem compaixão de tua alma, torna-te agradável a Deus, e sê firme; concentra teu coração na santidade, e afasta a tristeza para longe de ti”. (Eclo 30,24) Aqui encontramos dicas de felicidade!

“Ser agradável a Deus”: Se em meio às nossas estratégias de luta, inserirmos a substituição de alegrias passageiras pelo encontro com Deus mais frequente, veremos toda a diferença! “Feliz o homem que não procede conforme o conselho dos ímpios, não trilha o caminho dos pecadores, nem se assenta entre os escarnecedores. Feliz aquele que se compraz no serviço do Senhor e medita sua lei dia e noite“. (Sl 1, 1-2) Podemos não ter nada na vida, mas se estamos na amizade com Deus, temos tudo!

“Ser firme”: diante das adversidades, não se permitir esmorecer.

“Concentrar o coração na santidade”, na prática das virtudes, na esperança do Céu, na vivência da Caridade, fonte de grande alegria.

Jesus nos prometeu: “Em verdade, em verdade vos digo: haveis de lamentar e chorar, mas o mundo se há de alegrar. E haveis de estar tristes, mas a vossa tristeza se há de transformar em alegria” (Jo 16,20).

Luiza Torres
Discípula da Comunidade Católica Pantokrator

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