“E disse-lhes: ‘Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura’. Depois que o Senhor Jesus lhes falou, foi levado ao céu e está sentado à direita de Deus. Os discípulos partiram e pregaram por toda parte. O Senhor cooperava com eles e confirmava a sua palavra com os milagres que a acompanhavam” (Mc 16, 15.18-19).
Verdade de Fé
“Jesus subiu aos céus e está sentado à direita de Deus, Pai todo-poderoso” (CIC Cap 2, art 6). Essa é uma verdade de Fé que declaramos todas as vezes que rezamos a Oração do Credo. Mas, de fato, compreendemos o que esse acontecimento significa e que efeitos ele traz para a vida e a salvação da humanidade, de cada um de nós?
A seguir, veremos algumas passagens do Catecismo da Igreja Católica que nos explicam tal mistério:
“(…) A última aparição de Jesus termina com a entrada irreversível da sua humanidade na glória divina, simbolizada pela nuvem e pelo céu onde a partir de então, está sentado à direita de Deus” (CIC 659).
“Esta última etapa continua intimamente unida à primeira, isto é, à descida do céu realizada na Encarnação. Só Aquele que ‘saiu do Pai’ pode ‘voltar para o Pai’: Cristo. ‘Ninguém subiu ao céu senão Aquele que desceu do céu: o Filho do Homem’ (Jo 3, 13). Abandonada às suas forças naturais, a humanidade não tem acesso à ‘Casa do Pai’, à vida e à felicidade de Deus. Só Cristo pode abrir ao homem este acesso: ‘subindo aos céus, como nossa cabeça e primogênito, deu-nos a esperança de irmos um dia ao seu encontro, como membros do seu corpo’” (CIC 661).
“(…) Jesus Cristo, o único sacerdote da nova e eterna Aliança, ‘não entrou num santuário feito por homens (….). Entrou no próprio céu, a fim de agora se apresentar diante de Deus em nosso favor’ (Heb 9, 24). Nos céus, Cristo exerce permanentemente o seu sacerdócio, ‘sempre vivo para interceder a favor daqueles que, por seu intermédio, se aproximam de Deus’ (Heb 7, 25)” (CIC 662).
“Doravante, Cristo está sentado à direita do Pai: ‘Por direita do Pai entendemos a glória e a honra da divindade, em cujo seio Aquele que, antes de todos os séculos, existia como Filho de Deus, como Deus e consubstancial ao Pai, tomou assento corporalmente desde que encarnou e o seu corpo foi glorificado’” (CIC 663).
“Sentar-se à direita do Pai significa a inauguração do Reino messiânico, cumprimento da visão do profeta Daniel a respeito do Filho do Homem: ‘Foi-Lhe entregue o domínio, a majestade e a realeza, e todos os povos, nações e línguas O serviram. O seu domínio é um domínio eterno, que não passará jamais, e a sua realeza não será destruída’ (Dn 7, 14). A partir deste momento, os Apóstolos tornaram-se as testemunhas do ‘Reino que não terá fim’” (CIC 664).
Através de Sua Ascenção, Cristo adentra o Céu novamente e O torna acessível a nós! Ele eleva a humanidade! Pela graça do Espírito Santo e pela incessante intercessão de Cristo por nós à direita do Pai, na esperança da Vida Eterna, já somos capazes de habitar, de forma imperfeita, a Glória Divina!
Com os pés na terra e o coração no Céu!
A Ascenção do Senhor atrai nosso olhar ao Céu e eleva os nossos corações! Esse mistério nos capacita à transcendência, ou seja, a viver as situações terrenas cotidianas com o coração no Céu! Cultivemos o louvor, mesmo nas adversidades, pois ele abre as portas para que habitemos, já aqui na terra, a Glória Divina! Amém!
Que o Bom Deus nos abençoe!
Adriane Luz
Consagrada da Comunidade Católica Pantokrator