Santidade: “Portanto, sede santos, assim como vosso Pai Celeste é santo” (Mt 5, 48).
Esse trecho bíblico parece muito impactante, pois nos leva a refletir. Mas afinal, o que é ser santo?
Para São João Paulo II: “ser santo é lutar contra o pecado todos os dias”.
Quando deixamos de fazer coisas que desagradam a Deus, quando fugimos do pecado por saber que ele nos afasta de Deus e, em contrapartida, buscamos atitudes que agradam o coração do Senhor, pois queremos ser íntimos d’Ele, estamos nos direcionando a um caminho para a santidade.
O desejo por ser santos nos leva a mudar nossas atitudes cotidianas, nas pequenas coisas, quando mudo minhas atitudes diante das situações de pecado no trabalho, no convívio com amigos e familiares, e em todas as situações em que temos a oportunidade de fazermos a vontade de Deus.
Deus nos quer santos
É pela graça de Deus que conseguiremos buscar a santidade. Sem ela nada podemos, pelas nossas forças nada podemos, mas a graça de Deus pode realizar tudo em nós.
Ocorre que podemos ter a falsa impressão de que a santidade é algo inalcançável a nós leigos ou que é destinado apenas a pessoas que se entregaram a uma vida consagrada religiosa.
Ser santo é um chamado universal e deve fazer parte da identidade de todo o batizado e, diferente do que podemos pensar, não é sinônimo de perfeição. Somos pecadores e falhos, mas devemos procurar ser fiéis.
Como buscar a santidade
Buscar ser santo é entender que a santidade é a renúncia e o afastamento daquilo que é pecaminoso, do que é mau e a renúncia de nossa vida morna. Nas revelações a São João, Jesus disse “conheço as tuas obras: não és nem frio e nem quente. Oxalá fosses frio ou quente! Mas como és morno, nem frio nem quente, vou vomitar-te” (Ap. 3, 16).
É necessário ser quente no sentido de ter constância na busca pela santidade e acima de tudo, contar com a graça de Deus. Ser constante não é sinônimo de perfeição, mas sim de tentar sempre e não desistir, mesmo em nossas imperfeições.
“Santo não é aquele que não cai, é aquele que mesmo caindo não desiste de levantar” (São João Paulo II).
Santidade comum
Podemos e devemos ter como modelo a ser seguido tantos santos de nossa igreja e por quem temos devoção. Porém, a santidade comum a que Deus nos chama não depende apenas de atos heroicos que vemos nas vidas dos santos.
Deus nos chama a santidade cotidiana, nos chama a moldar nosso comportamento enquanto estamos inseridos no mundo, em nossas realidades, nos nossos relacionamentos sociais, nossos trabalhos e em nossas famílias. Devemos sempre analisar nossas atitudes, se são condizentes com a vida de um batizado, com o caminho de santidade que queremos trilhar para alcançar o Céu.
Que o nosso coração tenha o desejo forte e ardente de ser santo e assim façamos a experiência com o amor de Deus, mesmo em nossas fragilidades, nossas fraquezas, nossas necessidades, mas que o Amor Poderoso de Deus nos dê a graça necessária à nossa santificação.
Taciane Oliveira Fardin
Postulante da Comunidade Católica Pantokrator